terça-feira, 29 de abril de 2008

Lagartas de Vanessa Atalanta

Ontem apanhei três lagartas de Vanessa Atalanta, uma a crisalidar, uma já é grandinha e a outra está no 2º instar. E por acaso este ano as Vanessas A. têm estado bastante frequente por causa da sua planta (Urtiga) perferir sitios húmidos e nada melhor que os cantinhos das estradas que passam o dia à sombra. As Vanessas A. também gostam de Urtica Dioica mas é menos frequente vêr lagartas nessa espécie. Por isso, agora que já contei tudo até um próximo post!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Borboletas já voam na Net e como sempre no Campo

Na Net
Borboletas na Web é como se chama o novo site da LAGARTAGIS - A estufa de Borboletas é sim uma boa maneira de aprenderem o melhor possivél sobre as borboletas.
Não se esqueçam de visitar a Lagartagis também!

No Campo
Hoje com este efeito de estufa em Setubal depoisde sair da escola, fui a uma saida de campo.
Vi muitas Borboletas mas como sempre são as mesmas de sempre:
Pieris Brassicae, Pieris Rapae, Iphiclides Feisthamelii, Pararge Aegeria, Vanessa Atalanta e Papilio Machaon.
Excepto uma que não consegui identificar, parecia velha pois as asas já não estavam no seu melhor e só pode ser uma destas: Aglais Urticae e Vanessa Cardui.
Se a vir outra vez vou tentar identificá-la para depois divulgar no blogue!

domingo, 20 de abril de 2008

Aviso...

..que se não escrever no blogue por alguns dias não se preocupem, é que com este tempo falar sobre borboletas é mais dificil! Por isso se o tempo melhorar fiquem à espera de noticias!



E já agora aproveito para dizer que mudei a imagem do blogue e temos agora na imagem a rarissima Euchloe Tagis!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Butterfly Gardening

Bem, de certeza absoluta que já deixei pelo menos uma ou duas pessoas com um bocado do 'bichinho das borboletas' e nada melhor que fazer um 'Butterfly Gardening'! Na verdade fazer um 'Butterfly Gradening' não é dificil basta terem flores e a planta hospedeira das espécies que queiram introduzir no vosso jardim, ou varanda. Podem sempre ir a qualquer lado mas aconselho a Matéria Verde ou o viveiro de plantas em Barris.

Alguns nomes de plantas que podem pôr no vosso jardim/varanda (E.T.C.) e as espécies de que se alimentam dessa planta:

-Couves- Pieris Brassicae, Pieris Rapae;
-Arruda-Papilio Machaon;
-Pessegueiro- Iphiclides Feisthamelii
-Medronheiro- Charaxes Jasius
-Sardinheira- Cacyreus Marshalli
-Urtigas- Vanessa Atalanta, Inachis Io, Vanessa Cardui, Aglais Urticae;
-Cardos- Vanessa Cardui.

Plantas de Nectar (para alimentar o adulto):
-Budleia
-Cardos
-Lantas
-Azedas
-Alfazema

Pronto... agora divirtam-se com o vosso 'Butterfly Gardening'!

P.S.- Pesquisem no google os nomes cientificos das borboletas para saberem qual destas espécies querem para o vosso Jardim/Varanda (E.T.C.).

Descasca... é perciso

Hoje assisti, pouco tempo, a uma eclosão de Papilio Machaon.

O ovo preto com uma mancha mais clarinha, tive que ir logo investigar! E consegui ver pela primeira vez uma eclosão, vi uma lagartinha pequenina a comer o ovo para sair. Depois na vi mais nada tive que ir embora.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Borboleta da Madeira Extinta

Pelas informações dadas soube que esta borboleta veio a aparecer na Madeira!
Nome vulgar: Grande Branca da Madeira;

Nome Cientifico: Pieris brassicae wollastoni;

- Família: Pieridae;

- Distribuição e habitat: Endémica da Madeira; Até 1950 esta borboleta foi referenciada sempre a altitudes superiores a 650m, incluindo a laurissilva húmida que se estende até aos 1.200m. A partir desta data, começaram a voar também a altitudes inferiores, em zonas agrícolas onde as suas lagartas eram encontradas a se alimentarem de couve;

- Descrição: Espécie de grandes dimensões, com envergadura de 55 a 65 milímetros. Asas anteriores com fundo alar branco puro e ápices com ampla ponta negra;

- Estatuto de conservação: Em tempos muito espalhada, mas agora extinta provavelmente desde meados dos anos 80. Os últimos exemplares foram observados em Maio de 1977 na Encumeada e no Paul da Serra.
P.S- Esta borboleta é uma sub-espécie da comum Pieris Brassicae por isso pode-se confundir.

domingo, 13 de abril de 2008

Para os intusiasmados...

publico esta mensagem para quem quer criar borboletas...
Na verdade existem vários sites com borboletas à venda, do ovo à borboleta, e aqui estão alguns:
WWB- World Wide Butterflies*1
Oxfly- Borboletas Tropicais*2

*1- Aconselho a só comprar crisálidas e da espécie Papilio Machaon (por aqui) por ser a unica existente em Portugal.

*2- Aconselho a só comprar a Monarca que ainda não está disponivel porque as Tropicais não se dariam bem com o tempo de Portugal e são mais problemáticas.

Borboletas...curiosidades

Curiosidades...
Leiam o que quiserem...
O mais importante talvez...




Origem e Evolução das Borboletas
As borboletas são o grupo mais popular dos insectos. Admiradas desde sempre pela sua beleza e elegância, elas foram coleccionadas durante séculos, tendo sido alguns coleccionadores os primeiros a dedicarem-se ao seu estudo científico.

Teresa Catry



Na classe dos insectos, a ordem das borboletas (Lepidoptera) constitui um dos grupos mais evoluídos e ricos em espécies, com cerca de 165 000 espécies identificadas em todo o mundo (cerca de 5 000 na Europa), número apenas superado pela ordem dos coleópteros (onde se incluem os conhecidos escaravelhos). Os lepidópteros estão presentes na grande maioria dos habitats naturais, existindo espécies com adaptações próprias às características de cada habitat, sendo o clima o principal factor que determina a área de distribuição das borboletas a nível global. Estão apenas ausentes no Árctico, Antárctico e nas altas montanhas com neves e gelos perpétuos.

A principal característica dos lepidópteros prende-se com o facto de possuírem inúmeras escamas que cobrem o corpo e as asas, dando a estas últimas múltiplos padrões de coloração. A própria palavra Lepidoptera significa literalmente “asas com escamas”. Outra característica diagnosticante comum à grande maioria dos insectos desta ordem é a presença de um proboscis, isto é, uma tromba de comprimento variável, enrolada em espiral, e que tem como função libar o néctar das flores e a água do orvalho.



Os lepidópteros são vulgares e empiricamente divididos em dois grupos, as borboletas e as mariposas. De um modo geral, são incluídas no primeiro grupo as borboletas coloridas que voam durante o dia e, no segundo, as borboletas com tons menos apelativos e que voam à noite. É verdade que em muitos casos estes pressupostos são verificados; no entanto, existem inúmeras excepções, de tal modo que esta é apenas uma divisão de conveniência, sem grande base científica. As antenas dos lepidópteros constituem uma característica diagnosticante utilizada na sua divisão em dois grandes grupos. A grande maioria das borboletas diurnas, incluindo todas as espécies europeias, têm antenas longas e filiformes, sendo por isso designadas por Rhopalocera. As mariposas têm maioritariamente antenas denticuladas ou pectinadas (mais raramente filiformes), estando assim incluídas no grupo designado Heterocera.


Evolução

Do ponto de vista histórico, os lepidópteros constituem um grupo relativamente recente. Apesar desse facto, muitas teorias foram apresentadas no intuito de identificar os ancestrais dos lepidópteros e grande parte das ordens da classe dos insectos foi considerada como o grupo que lhes deu origem. A maioria destas sugestões é puramente conjectural, uma vez que o registo fóssil conhecido é manifestamente insuficiente para formar uma ideia clara. Sabe-se, no entanto, que a ordem mais próxima é a ordem Trichoptera (insectos de tamanho pequeno a médio, de aspecto geral semelhante às mariposas). Apesar deste facto não significar que os tricópteros sejam os ancestrais dos lepidópteros, parece provável que os dois grupos tenham evoluído de um ancestral comum, há cerca de 250 milhões de anos, durante o Pérmico.





São conhecidos alguns fósseis, datados do Triássico, cuja forma se assemelha à de uma mariposa, não existindo, porém, a certeza se representam mariposas primitivas ou tricópteros. Embora as mariposas mais primitivas tenham coexistido com os dinossauros no Jurássico, há cerca de 150 milhões de anos, foram descobertos poucos fósseis relativos a esse período. Já nos depósitos rochosos do Cretácico Inferior, há 120 milhões de anos, identificaram-se inúmeros fósseis pertencentes, indubitavelmente, a um vasto leque de mariposas primitivas. Apesar de não serem conhecidos fósseis de borboletas deste período (o primeiro foi encontrado no Eocénico, há apenas 50 milhões de anos), estas já deveriam existir e foi a partir do registo fóssil do Cretácico que se tornou um pouco mais evidente a evolução dos lepidópteros. No início do Oligocénico, há 40 milhões de anos, existiam já todas as principais famílias de borboletas e a morfologia geral das espécies fósseis é semelhante à das borboletas actuais.

É aceite, de um modo geral, que as borboletas evoluíram a partir de uma forma de mariposa e inúmeras famílias de mariposas foram sugeridas como ancestrais das borboletas mas, uma vez mais, o registo fóssil é escasso para tecer certezas. Actualmente pensa-se que as borboletas e as mariposas de maiores dimensões evoluíram de um ancestral comum ainda não identificado.

O estudo dos fósseis não permite obter informação sobre os hábitos de voo dos primeiros lepidópteros, sendo impossível dizer com certeza se voavam de dia ou de noite. No entanto, os indivíduos das famílias com origem mais primitiva são maioritariamente diurnos, sendo assim provável que as primeiras mariposas fossem também diurnas. Muitos destes lepidópteros terão posteriormente adquirido hábitos nocturnos, em consequência da intensa predação por aves em grande expansão nos períodos Cretácico e Terciário. De facto, a acção conjunta de predadores, como aves, mamíferos, répteis e anfíbios, foi certamente suficiente para encorajar a evolução de hábitos nocturnos em muitas famílias de mariposas. No entanto, algumas famílias permaneceram diurnas, protegidas dos predadores por propriedades gustativas de aversão e coloração aposemática (coloração intensa de aviso contra predadores). Parece também provável que, em resposta à predação por morcegos, alguns lepidópteros com hábitos de voo diurnos, e pertencentes a famílias que são hoje predominantemente nocturnas, tivessem revertido à vida diurna depois de um período desvantajoso de actividade nocturna.



A evolução dos lepidópteros está também fortemente associada à evolução das plantas angiospérmicas (plantas com flor), das quais os primeiros se alimentam e são dependentes. Os primeiros lepidópteros deveriam ter trombas curtas e alimentar-se-iam de néctar apenas em flores com nectários extra-florais, mas também de outras fontes de açúcar, tais como a seiva. A evolução dos longos proboscis destes insectos decorreu paralelamente com a evolução de flores com nectários menos expostos, localizados em locais menos acessíveis e que dependiam das borboletas e mariposas com trombas compridas para a polinização. O registo fóssil demonstra que as primeiras angiospérmicas apareceram no início do Cretácico, há cerca de 130 milhões de anos, período em que todos os lepidópteros existentes tinham mandíbulas adaptadas a cortar (à semelhança da actual família Micropterigidae, constituída por mariposas que voam de dia) e se alimentavam de pólen. Neste período outros insectos da família das moscas e das abelhas eram os principais polinizadores das plantas com flor e apenas no Terciário se deu a explosão de formas de angiospérmicas e de lepidópteros, tendo início o processo de co-evolução, que os tornou mutuamente dependentes.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Papilio Machaon e Borboletas da Couve

Onteontem recebi por correio 4 ovos de Papilio Machaon e 2 crisálidas de Borboleta da Couve, na verdade 2 ovos já tinham nascido, por isso pus rapidamente as duas lagartas nas Arrudas da estufa. Sobreviveram e lá estão a comer (muito)!.

Depois as Crisálidas da Borboleta da Couve, agora uma, porque uma estava parasitada!
Mas outra lá está, com uma amiga lagarta a fazer crisálida (Também de Borboleta da Couve) e essa lagarta é na verdade uma espécie de 'projecto para a escola'!

A minha professora 3za encontrou uma aluna do 5ºano com a C. minha amiga e vizinha com uma lagarta e a minha professora disse:
-Quando ela nascer tragam-na para ver!
Ficaram um bocado 'à toa' por isso fiquei encarregue da lagarta!

Bem e já agora aproveito para dizer:
Sabem do Contador de visitas, certo? Tenho isso já à duas semanas e já são mais de 300 visitas o que é bom que quer dizer que são mais ou menos 150 visitantes por semana!!!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Na verdade, nunca falei da Monarca (Danaus Plexippus) que é considerada a maior borboleta diurna de Portugal, mas ainda não oficializada a sua chegado a Portugal, a sua Lagarta alimenta-se de Asclepias, mas cá é de Algodoeiro-Falso.

Ora aqui está a Monarca:

Pão, Queijo e Vinho... e borboletas?

De certeza que já há pessoas com o conhecimento desta feira cá em Azeitão, e como a minha mãe vai lá fazer uma venda de caixinhas pintadas à mão... bem, na verdade ainda não percebi realmente como é que se chama essas coisas que estarão à venda.

Mas continuando, hoje vi uma coisa que realmente teve graça enquanto andava por lá.
As Malhadinhas (comuns na fauna Ibérica) meteram muita graça porque eram cinco e todas a juntas a fazer uma dança territorial*1 ou então a tentar fazer uma dança nupcial*2 com se calhar alguma fêmea que estive-se lá! Mas parecia aqueles filmes de comunidades de borboletas, todas juntas a voar e muitas!

*1- Normalmente é mais comum observar nesta espécie em particular, um dança territorial entre machos, que o objectivo é afastar o macho invasor fazendo seguir até um local longe do seu território. Depois afasta-se a uma velocidade enorme (o máximo que conseguir) e o macho invasor fica, como se diz, á Toa!

*2- Uma dança Nupcial é quando um macho e uma fêmea da mesma espécie se encontram e 'namoram' um bocado até ver se a fêmea aceita o macho, ou não. Depois quando as fêmeas não aceitam vão os dois à sua vida mas por vezes o macho vai atras para tentar a sua sorte outra vez (normalmente as danças nupciais e territoriais podem-se confudir)!